Análise - ATOMIK: RunGunJumpGun

(De notar que esta análise faz parte da republicação de algumas análises do PSGames Power, o blog a que este sucedeu, e esta análise algo reajustada agora, é originalmente de 2018)

ATOMIK: RunGunJumpGun é o mais recente jogo da Good Shepherd Games produzido pelo estúdio Canadiano Thirty Three Games e de dizer que é um jogo bastante frenético, mas também foi com esse objetivo que ele foi feito.

ATOMIK mete-nos no papel de um caçador de tesouros que se dirige a 3 planetas cujo o Sol está prestes a explodir, vamos ter mais de 100 níveis no formato de um runner game ou seja a perspetiva do jogo é de um side-scroller 2D, e o nosso personagem bem como o ecrã movem-se sozinhos, a única coisa que podemos e temos de fazer é controlar a arma do nosso personagem com dois botões, os gatilhos L e R, sendo que o R faz com a nossa arma dispare em frente e o L que a mesma dispare para baixo fazendo inclusive com que o nosso personagem levante voo e possa flutuar em direção ao céu/teto, pelo que vamos ter de aprender a usar corretamente esta função para evitar bater em armadilhas que se posicionem nos tetos dos cenários, ou no chão, e também saber quando largar o L e deixar a nossa personagem descair um pouco e por ai fora, são mecânicas simples, mas não fosse só saber flutuar corretamente também teremos de usar o disparo frontal para eliminar por vezes obstáculos, quer estejam no teto, no ar ou posicionados no solo e mesmo em plataformas, e mais tarde temos mesmo de combinar o voo com disparo frontal, porque quando usamos um dos dois tipos de disparo o outro claro fica impossibilitado de se usar.

Ao inicio os níveis são simples no primeiro mundo, mas rapidamente começam a aparecer uns mais complexos e desafiantes com uma variedade de armadilhas, e mesmo mais tarde naves por exemplo que temos de abater, vamos precisar de ser rápidos e precisos nas nossas decisões, aprender a controlar e combinar bem os dois controlos, e claro por vezes a tentativa e erro serão a melhor resposta, também de notar que não morremos realmente, podemos sofrer 1 dano, sendo que à segunda vez quer seja por uma armadilha, por um disparo de uma das armadilhas de artilharia ou naves, ou por exemplo por não sermos rápidos os suficiente para nos desviarmos de um obstáculo e o ecrã avançar para além de nós, o que acontece é somos automaticamente levados na forma de um feixe de energia para o início do nível atual que estivermos. Tudo isto no final tem um objetivo que não é só sobreviver aos níveis, o objetivo real é apanhar os atomiks, temos umas centenas deles por cada um dos mundos do jogo e apanhar todos por cada um dos níveis do jogo é um desafio e pêras.

Pelo meio entre níveis vamos recebendo transmissões dos warlords de cada mundo, ou mesmo de equipas alienígenas de noticias a fazer reportagens e não só, sendo que por cada secção, porque os mundos estão ainda divididos em secções, recebemos transmissões com mensagens de personagens diferentes. Uma das coisas que mais me apelou neste jogo é a sua direção visual, um estilo retro recheado de cor mas ainda assim com um leve toque sombrio, acompanhado ainda de uma OST vibrante para ajudar à emoção e tensão que o jogo nos tenta passar. O design geral de cada nível é fenomenal, e consegue estar constituído de maneira em que cada elemento complementa a experiência final de cada um dos níveis.

É um jogo viciante e fica fenomenal em modo portátil sem dúvida, em que o seu objetivo é esse mesmo também, quando se pega nele é difícil pousar pois é um jogo de conceito relativamente simples, jogabilidade básica, mas definitivamente absorvente e viciante, recomendo bastante, é uma grande, mas grande adição à biblioteca da Switch sem dúvida recheado de desafiante e feito para os persistentes, é quase impossível não adorar e ficar agarrado a ele após se começar, e mesmo assim é uma experiência que consegue visualmente e a nível de OST ajudar a apelar ainda mais a que fiquemos agarrados à experiência em si.

0 Comentários

Enviar um comentário

Post a Comment (0)

Postagem Anterior Próxima Postagem