Astro regressa com uma nova aventura desta vez mais focada fora da panóplia VR à semelhança do que foi feito com Astro's PlayRoom mas numa escala maior. Um jogo de aventuras e plataformas bastante vivo e cheio de alegria com boa disposição à mistura.
Nesta aventura Astro e a sua tripulação atravessam o espaço na sua nave mãe, a PS5, quando são interceptados pelo malvado Space Bully Nebulax que danifica a nave e rouba componentes da mesma, no processo a "nossa" PS5 despenha-se num local inóspito e aparentemente desolado, Astro fica preso mas com a nossa ajuda e uns abanões no dualsense conseguimos libertá-lo. Descobrimos praticamente logo um satélite despenhado que com um soco da nossa parte entra em atividade novamente e nos indica uma galáxia que fica à nossa espera para ser explorada. O objectivo vai ser atravessar 6 galáxias repletas com uma boa dose de planetas que vão servir como os níveis do jogo. Alguns são mais longos que outros, mas sem dúvida todos interessantes de se percorrer com o objectivo final de enfrentar em cada uma destas galáxias o seu boss final que nos vai permitir embarcar em direcção a um planeta final temático a uma das franquias PlayStation que serão mais longos e desafiantes que o normal, isto de maneira a recuperar um dos componentes roubados da nossa nave mãe, pelo processo disto tudo vamos ainda ter um outro objectivo igualmente importante, o de resgatar a nossa tripulação que se perdeu após o ataque de Nebulax pelos planetas e galáxias que nós vamos explorar.
Em termos de jogabilidade vamos saltar, usar propulsores laser para manter Astro no ar e mesmo partir placas de gelo por exemplo que nos impedem de ativar botões de mecanismos, derrotar inimigos que não podem ser tocados pelos socos, usar um soco rodopiante para derrotar mais que um inimigo ou activar outros mecanismos mas aqui a grande interatividade do jogo acaba também a ser que pelos níveis vamos ter acesso a engenhocas e companheiros que nos vão ajudar a atravessar os mesmos como uma galinha jetpack que nos deixa dar alguma propulsão no ar em direcção a cima, luvas com mola que usamos para dar socos à distância para partir portões de ferro, ou agarrarmo-nos a obstáculos peganhentos de maneira a escalarmos, um macaco braçudo que nos permite escalar ou bater no chão com força para activar mecanismos ou para agarrar objectos para arremessar entre outros. A maior parte disto se jogaram o Astro's PlayRoom já vão saber o que vos espera de jogabilidade base, ficando as engenhocas e companheiros como novidade que ajudam a dar mais desafio, interactividade e a eliminar possível monotonia dos níveis.
Pelo caminho vão haver puzzles engraçados e exploração de níveis a fazer de maneira a encontrar a tripulação perdida e peças de puzzle do hub principal do jogo, o local de despenho da nave mãe, que ao serem reunidas peças suficientes vão completar puzzles que revelam edifícios que nos dão mais alguma personalização ao jogo como local de escolha de fatos, aspecto da nossa nave de exploração dualsense, ou por exemplo local de bolas de gacha que vão servir para desbloquear tais personalizações e objectos que vão servir para fazer par com os membros vip da tripulação, membros esses que vão estar espalhados pelo hub e que em conjunto com estes objectos ter interações próprias, curtas e alusivas às personagens que são, como por exemplo a personagem de Devil Dice da PS1 que terá o seu dado, Crash Bandicoot que estará com Aku Aku, e não só.
Vão haver dezenas e dezenas de membros da tripulação alusivos a franquias da PlayStation, ou que começaram originalmente na PlayStation, Kiryu de Yakuza, Dante de Devil May Cry, Nathan Drake de Uncharted, Kratos de God of War, condutores de WipeOut, Raziel de Legacy of Kain: Soul Reaver (originalmente PS em consolas), entre tantos outros, que vão dar um toque especial ao Hub, ao jogo em si e trazer muita nostalgia a quem cresceu e viu PlayStation desde o inicio, não pude pessoalmente de deixar de a sentir a cada personagem que ia encontrando e à medida que desbloqueava os seus objectos decorativos (chamemos-lhes assim), estes tripulantes tanto vip como regulares também vão servir para nos ajudar a aceder a aréas do hub que nos vão permitir avançar para novas galáxias e a aceder a áreas que têm peças de puzzle e membros perdidos dentro do hub, e a maneira como nos vão ajudar vai ser a fazerem de entre si escadas de bots, a levantar objectos do lugar e não só de maneira organizada, e vai ser preciso encontrar números certos de bots para activar estes locais de entreajuda.
Visualmente este jogo vai ser fenomenal com ambientes vibrantes, variados e cheios de vida, seja de inimigos a fauna do local, vamos passar por praias paradisíacas, locais assombrados com inimigos fantasmagóricos, zona de construção em cidades, zonas mais temáticas a florestas com sistema de caverna, e não só mas todos eles como disse vibrantes, por vezes, em quase todos até, vamos ficar pasmados a olhar para a experiência visual e até sonora que Astro Bot nos entrega, pois a sua banda sonora cheia de melodias recheadas de boa disposição e alegria vão sem dúvida ajudar a atravessar o jogo com essa disposição positiva, descontraída e alegre.
Este jogo é uma celebração da PlayStation muito bem conseguida, cheia de nostalgia, que vai apresentar-se como um desafio para os mais novos, para os mais velhos uma caminhada no parque recheada de memórias e ainda com níveis extra de desafios que esses sim vão trazer dificuldade para os completar. Uma excelente entrada na franquia de Astro e no catálogo da PlayStation, que tanto serve para sessões mais longas como curtas.
Fiquei sem dúvida agarrado ao comando sem vontade de largar a cada serão que podia estar nesta aventura, deslumbrado com os níveis que me eram oferecidos e a cada vez que descobria um novo membro alusivo a uma das franquias, ficando em especial consideração para mim o momento em que encontrei Raziel e Kain de Legacy of Kain sem dúvida por exemplo. Das partes que mais gostei do jogo foi o confronto final que dá uma reviravolta a tudo o que fomos fazendo pelo jogo fora e traz ainda mais uma celebração da marca, e ainda de notar os níveis temáticos em que por momentos não só nos transforma em aparência mas também nos dá uma nova habilidade temporária como o de God of War que nos transforma num Bot of War com os machado Leviathan nas nossas mãos, ou o de Uncharted que nos transforma em Nathan com uma pistola de bolas, toques destes vão ajudar a dar mais vida e diversidade a esta experiência já de si fenomenal.
Os bosses apesar de engraçados vão ser simples de derrotar, sendo o que vai dar mais desafio a meu ver e mesmo ter o confronto mais variado ser o Mecha Leon um camaleão robótico, o maior desafio acaba a ser nos níveis de desafio e toda a experiência visual, jogabilidade e som ficou fantástica num todo, sendo que a nota final fica um 9/10, visto o pouco desafio oferecido a meu ver e em que não consigo deixar sentir uma semelhança muito grande a Kirby and the Forgotten Land em algumas coisas, como aparte disto só joguei mesmo o Astro's PlayRoom não me quero pronunciar muito mas a sensação ficou.
Esta análise foi feita com um código da PS5 gentilmente cedido pela SIE.
Não se esqueçam de dar uma vista de olhos na nossa Playlist de Astro Bot com o Playthrough desta aventura.









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