Análise - Funko Fusion

Se são fãs de Funko POP’s e até da temática que por exemplo jogos da LEGO marcaram, bem, aqui vão encontrar muito de uma coisa e quase nada de outra mas veremos.

 

A Premissa:

Aqui Eddy que é o nome do POP vilão do jogo quer tomar conta do universo Funko e para isso recorre a tomar posse da toda a poderosa coroa usada por Freddy Funko que é quem gere a WonderWorks Factory, onde são fabricados POP’s, ou seja POP’s fabricam mais POP’s que habitam os mundos do universo deles. Aqui não existe grande coisa por onde agarrar pois a realidade é que também não existe muito por onde pegar, não é que o universo Funko tenha alguma história pré-feita nas bases do seu universo ou personagens próprias e isso reflete-se aqui.

Captura feita por Gaming Power PT

Os jogos do universo LEGO têm bases por onde se reger devido às licenças que usam, mas, aqui com uma folha em branco pode-se dizer que faltou alguma criatividade para elaborar uma porta de entrada a esta aventura que depois pega em universos já feitos que acaba a ajudar a trazer um pouco da história mais para o topo mas não a consegue deixar realmente à tona, porque sinceramente depois se não estivermos muito por dentro dos universos usados perdemo-nos em momentos que ocorrem na história em si, imaginem, toda a gente consegue ter uma percepção do mundo de Mestres do Universo com He-Man e Skeletor por exemplo por isso não é muito difícil de reconhecer personagens e que Eddy tomar posse da posição de Skeletor para tentar causar o caos e mantér a sua rota de conquista faça sentido.

Captura feita por Gaming Power PT

Depois entramos em The Umbrella Academy e eu pessoalmente não vi nada, portanto, perco-me no decorrer dos níveis porque não reconheço referências, como o meterem música a dar num gramofone e começarem a dançar sendo que a implicação que isso tem no decorrer dos níveis marca que realmente é suposto ser uma referência, nisto, não reconheço personagens também e portanto alguns momentos que façam sentido acontecerem para quem tenha visto perdem-se para quem não tenha, não é que seja realmente algo negativo, mas acaba a tornar a aventura que de si não tem grande base em algo com um impacto ainda mais negativo a quem não acompanhe as séries ou franquias de filmes usados aqui, sendo que em algumas coisas eles jogaram pelo seguro, em outras tentaram pegar em coisas mais recentes diria e poderia ter corrido melhor se no geral a história tivesse mais qualidade, os POP’s não falarem aqui ao contrário das minifigs LEGO em jogos como LEGO Star Wars na PS2 por exemplo, não joga muito a favor desta aventura sinceramente, mas lá está tinham a oportunidade de criar algo realmente original e interessante mas não cumpriram. 

Aquela Pitada em Falta:

A jogabilidade é simples de compreender, os personagens têm todos recurso a ataques melee com armas ou utensílios como chapéus de chuva ou espadas por exemplo, depois têm acesso a caçadeiras ou pistolas para ataques de longa distância, também podem usar esquivas e têm recurso a armas ou power ups que vêm na forma de garrafas de sumo, aqui também criaram uma consciencialização de reciclagem pelo que após usarem latas ou garrafas de sumo podem colocar as mesmas no “ecoponto” delas, ainda de notar que algumas personagens têm habilidades e isto é uma base até sólida para os níveis não complicando muito a jogabilidade e dando alguns toques especiais a algumas personagens, até para justificar o procurar pontos de caixas POP para trocar entre elas durante os níveis para atravessar obstáculos ou para explorar os mesmos mais a fundo e descobrir os seus segredos, em que têm até baús para abrir e recolher tokens que carregam em máquinas em que podem gastar gemas que colectam para elaborar armas, power ups ou engenhocas como plataformas de salto para usarem na vossa jornada.

Captura feita por Gaming Power PT

Existem alguns problemas por vezes em carregamento de texturas mas são coisas não muito habituais ou que afetem a experiência, mas, o problema real aqui é a falta de sentido do que fazer por vezes, imaginem, um dos níveis da Umbrella Academy é de derrotar 2 personagens, numa secção é suposto usarmos um personagem especifico para alcançar o patamar de cima daquela secção pois temos de pôr o personagem a derrotar daquela área atordoado, ele mesmo mexe-se para a zona de impacto onde temos de fazer um candelabro cair sobre ele, não percebi o porquê de ele cambalear para as áreas sozinho mas ok, pelo menos 2 vezes temos de fazer isto com 2 candelabros diferentes, o candelabro em si fica roxo para indicar que tem de ser atingido, mas tem de ser acertado em pontos diferentes que só ficam assinalados quando estamos no patamar de cima, até percebermos isso ficamos a apanhar bonés se não prestarmos atenção ao ponto de acção daquela secção em que temos de ir trocar de POP se não estivermos com um dos necessários em que eles é que vão conseguir fazer a dita acção para chegar ao patamar superior.

Captura feita por Gaming Power PT

Por exemplo noutro nível demorar numa área em que tem de ser despoletado o que faz o nível em si avançar nós andamos ali para trás e para a frente a tentar perceber o que é para fazer, nem sei se realmente eu é que fiz o nível avançar ou se simplesmente tive de ficar realmente à espera, ou seja, sentido de direcção está mal elaborado a meu ver, o que torna por vezes o avançar nesta experiência trabalhoso o que acaba a dar alguma falta de vontade em explorar os níveis, e sim mais querer terminar os mesmos para só avançar para o próximo e pôr fim a tudo isto, fazendo com que se perca até alguma vontade de regressar aos mesmos para usar outros POP’s para descobrir mais segredos e fazer os mesmos a 100%.

O Aspecto que Compõe Esta Aventura:

O jogo visualmente tem bom aspecto nos níveis dos mundos que nos apresenta, alguns POP’s têm melhor aspecto que outros mas isso sinceramente é uma opinião pessoal minha pois na grande maioria sempre senti que POP’s eram quase todos um boneco em que mudavam o cabelo, mudavam o se tinha barba ou não e mudavam a roupa, alguns tinham toques mais interessantes como se fossem dos Simpsons e afins, mas lá está, hoje em dia existe muita variedade e aqui no jogo existe um misto disto mas reconheço que é uma questão de gosto pessoal e em geral o jogo como disse tem bom aspecto nos seus níveis, com um aspecto algo brilhante digamos e alegre nos seus tons até e que dão uma experiência geral agradável, em termos de sons alguns níveis têm uma ost mais interessante que outra, haver alguns efeitos por vezes também é positivo mas em geral no campo sonoro vai ser uma coisa algo básica mas que cumpre a sua função, acho engraçado na mesma quando um dos nossos POP’s têm algo como uma espécie de arma de disparos laser, o som é engraçado de se ouvir na minha opinião.

Captura feita por Gaming Power PT

A Oportunidade Perdida:

Captura feita por Gaming Power PT

Esperava mais deste título, quando foi revelado pela primeira vez penso que tentou viver um pouco da popularidade geral dos Funko POP’s e de universos usados como do filme Shaun of the Dead o que faz sentido claro, nisto lembro-me que houve um bom burburinho na altura sobre isso, mas depois a sua jogabilidade com falta de polimento em termos de direcção por exemplo e por vezes interesse e a história esquecível acabam a trazer esta aventura ao fundo e numa oportunidade falhada de realmente começar uma franquia que pudesse chegar ao patamar da LEGO no gaming tal como a LEGO está hoje em dia, com algo que já de si tem um monte de universos já incorporados e que não se prende a histórias já feitas, e que realmente poderia pegar nesses mundos e personagens variados e criar aventuras tresloucadas e originais que as misturasse e fizesse crossovers improváveis, mas, infelizmente não cumpriu, pelo que recomendo a quem queira realmente muito muito muito experimentar, mas, só é para comprar numa promoção que seja fantasticamente fantástica, ainda de notar como nota final que não existe possibilidade de criar POP’s personalizados o que fica como uma oportunidade perdida aqui.

Esta análise foi feita com uma chave gentilmente cedida pela 10:10 Games.