Análise - A Rose in the Twilight

(De notar que esta análise faz parte da republicação de algumas análises do PSGames Power, o blog a que este sucedeu, e esta análise algo reajustada agora, é originalmente de 2017)

A Rose in the Twilight será o novo lançamento para dia 14 vindo do estúdio Nippon Ichi Software e podemos adiantar já que se sai como um puzzle platformer bastante interessante e único, e que os fãs do género e destes jogos vindos da NISA não se vão arrepender.
 

No jogo acordamos numa dungeon com Rose e de notar que entramos logo em ação sem um background, a ideia que fica é que será uma jornada linear mas a realidade é que para quem quiser receber algum background e perspetiva sobre a plot envolvente o pode fazer, mas terá de se esforçar por tal pois isto vem na forma de colecionáveis espalhados pelo jogo, desde folhas de diários, notas e aquilo que é conhecido aqui como Blood Memories (memórias de sangue), que se enquadram na maldição de Rose. Estas quando absorvidas por Rose dão uma sequência animada curta que nos mostra vislumbres do passado de Rose ou das infelizes vitimas do castelo destroçado onde nos encontramos, será desafiante apanhar as memórias, mas nada impossível com a ajuda do aliado de Rose, o nosso Gigante de pedra.
 

Vamos ter de usar Rose e o Gigante para resolver os puzzles que nos vão aparecendo ou seja ambos vão-se entre-ajudar para avançar pelas alas destruídas em grande parte das vezes do castelo, e que estão infestadas normalmente por trepadeiras espinhosas às quais Rose não pode tocar se não morre, pelo que muitas vezes os nossos personagens vão andar separados pois o Gigante pode atravessar pelo meio delas. Tudo isto acaba a girar em volta de uma maldição que recaiu sobre este local e sobre Rose, e que causou que uma rosa crescesse nas suas costas, rosa essa que pode pela Rose absorver sangue e abrandar o tempo em redor para podermos selecionar de maneira apropriada um objeto em movimento no ar ou em queda por exemplo, isto vai de encontro a outro fator, os objetos que não estão envolvidos nesta aura transmitida por sangue são completamente estáticos de certa maneira, pelo que se absorvermos algo de um objeto em queda ou que atirámos com o Gigante no ar, ao absorver no momento certo ele fica parado numa zona no ar que nos poderá servir como apoio para chegar a algum lado por exemplo.
 

Já o Gigante prima pela sua força e capacidade de poder atravessar pelo meio dos locais espinhosos, vamos ter de o usar muitas vezes para arremessar objetos aos raros inimigos pelo jogo, ou para arremessar os mesmos para algum local que cumpra o nosso objetivo, podemos também atirar Rose pelo ar de maneira a que ela chegue a algum local inalcançável de outra maneira. Já ambos podem ativar alavancas para mover elevadores que serão plataformas de madeira, ou catapultas. Todas estas habilidades e outros fatores do ambiente do jogo vão servir para solucionar os puzzles que nos são apresentados, sejam eles para ser resolvidos a usar transferência de sangue entre objetos para pintar uma imagem num quadro, usar sangue para atrair e manipular certas ações das criaturas do jogo, ou para combinar a força do nosso Gigante e as habilidades de Rose para chegar até uma preciosa chave para abrir um portão que bloqueia a nossa passagem.
 

Em termos visuais o jogo deslumbra, mostra uma imagem limpa e bem conseguida com cenários sombrios e que apesar de se esperar que num jogo deste género em que navegamos de “sala em sala” se repetissem, consegue sempre haver variedade na disposição dos mesmos, quando usam e não usam novos nos cenários. O som ambiente é algo presente que ajuda a dar a sua mística superior à nossa jornada, e que por ser algo tão natural nela torna este um jogo ainda mais único, com notas que faz a nossa mente navegar nele acentuando ainda mais o fator imaginação (necessário para resolver alguns puzzles sem dúvida). Quanto aos puzzles variam de uma maneira equilibrada subindo de uma dificuldade fácil a desafiantes, puxando também à exploração do jogador até mesmo pelas anotações que vamos recolhendo, essenciais a certo ponto para resolver alguns, mas nunca sendo algo de 8 a 80, mantendo assim como disse um equilíbrio em termos de experiência.
 

A Rose in the Twilight chega-nos dia 14 à PS Store ou em formato físico pela loja Europeia da NISA, e é um puzzle platformer que recomendo a quem gosta do género e procura uma experiência imersiva para se perderem durante uma boas horas, apesar de poderem ficar como uma jornada de curta duração (deverei ter feito em 6/7 horas, pouco mais), tem um replay value excelente e em que se formos explorar a fundo e procurar todos os colecionáveis ( a mim ficaram-me a faltar alguns), vai ser sem dúvida uma experiência que se prolonga durante mais tempo, não querendo assim dizer que esta deveria ser mais longa como experiência base, pois a meu ver ficou com uma duração adequada. Resumindo é um jogo espetacular para quem gosta de plataformas e puzzles, numa jornada sombria e cheia de vislumbres de um passado cruel num castelo destroçado, em que Rose em conjunto com o seu aliado Gigante terão de procurar uma maneira de escapar.

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