Análise - Middle-earth: Shadow of Mordor

(De notar que esta análise faz parte da republicação de algumas análises do PSGames Power, o blog a que este sucedeu, e esta análise algo reajustada agora, é originalmente de 2017)
 
 
Middle-earth: Shadow of Mordor, um jogo que prometia inovação e novidades no universo de Tolkien ao apresentar um novo conto de tragédia pessoal em volta de Talion, um Capitão da guarda de Gondor destacado no Black Gate e de Celebrimbor, um elfo misterioso que fica “agarrado” a Talion.
 

A história segue Talion que durante uns breves momentos com o seu filho vê o Black Gate a ser atacado por hordas de Uruks e por consequente pelo Black Hand of Sauron, o topo no comando do exercito de Sauron, e pelos seus Black Captains, em que por breves momentos Talion vê a sua família assassinada, sendo que no final se segue ele na mira dos assaltantes do local. Após estes eventos Talion volta à vida agora num limbo em que não pode morrer, ele vê que a razão para estar vivo é o espirito de Celebrimbor, um elfo que conheceu Sauron cara a cara, e que tem um papel mais importante do que seria de esperar, em que  quando Talion sofreu o seu destino cruel, o espirito agarrou-se a ele e agora juntos vão procurar Black Hand para fazer cair a mão pesada da justiça em Mordor sobre Sauron, e vingança pelo que aconteceu. Na sua demanda Talion tem acesso a duas zonas de Mordor, Udûn, uma zona mais devastada de Mordor com sítios áridos, e a zona costeira de Núrn, mais verdejante e cheia de vida selvagem, claro que ambas vão estar populadas de Uruks e Orcs que têm posse de fortalezas, acampamentos e que se servem de humanos como escravos. A todos eles Talion vai trazer justiça e ainda mais com o sistema Nemesis que é direcionado a criar o sentido militar do jogo, e mesmo a dar uma experiência mais pessoal e completa ao jogador com rankings de Capitão, Capitão Veterano, Elite, e os Warchiefs, que são os 5 Uruks ou Orcs, ou um misto deles, que comandam as forças Uruk, e em que toda esta listagem muda entre as duas regiões de Mordor, dando assim um toque distinto em cada uma.

Cada Uruk ou Orc que seja um Capitão pode chegar a Warchief, com alguma ajuda nossa, em eliminar os mesmos e avançar o tempo ou a fazer uso de outras estratégias, e qualquer Uruk ou Orc normal pode tornar-se Capitão, e por subsequente guarda costas de um Warchief, sendo que cada um pode ter até 5 (penso que não possa ser mais) guarda costas ao mesmo tempo, mas por força de defeito terá até 3, sendo que mais só por influência nossa também. O sistema cria ainda os seus próprios atritos entre capitães Uruk e Orcs, com emboscadas e duelos, ou outras situações como recrutamentos em que um tenta recrutar outros para aumentar o seu poder e se tornar um guarda costas por exemplo, após um duelo alguns fazem uma festa para celebrar, outros tentam provar o seu poder ao enfrentar Caragors, que são uma espécie de Wargs, felinos de grande porte e ferozes como tudo, alguns organizam caçadas para caçar Caragors, ou mesmo Graugs, sendo estes últimos bestas que aparentam ser maiores que Trolls mas muito mais agressivos, e claro, nós podemos ter mão nisto tudo, para trazer certos desfechos que nos interesse, apanhar algum que seja um alvo nosso, ou por ai fora. No fim do dia vamos poder ter acesso a poderes do Celebrimbor que nos vão permitir marcar Uruks e Orcs de maneira a formar o nosso exército pessoal em várias ocasiões, e por fim comandar os mesmo para obter informação sobre o paradeiro de Capitães ou Warchiefs, uns podem dar informação sobre os pontos fortes, fracos, medos e mesmo coisas que eles odeiam, podemos ainda comandar Warchiefs e Capitães, e lançar ameaças de morte a outros ou criar um atrito entre eles, comandar um dos nossos Capitães marcados para se tornar guarda costas de um Warchief e depois usá-lo no confronto contra o Wachief para nossa vantagem, mas no fim do dia será tudo um jogo de emboscadas, traições e confrontos bastante satisfatório.

A nível de jogabilidade encontram algo que une um sistema de parkour e movimentação ao estilo de Assassin’s Creed com combate adaptado da série Arkham do Batman, por isso é algo animado, ficou tudo bem conjugado e adaptado ao jogo, juntem-lhe arco e flecha, poder temporário de abrandamento quando usam o arco, que é algo vindo do Celebrimbor, mais um sistema de skills de poderes de combate e outros passivos do lado do Celebrimbor para o Talion, habilidade de combate, um modo Wraith que vos permite ver o mundo pelo olhar de Celebrimbor e que vos deixa identificar alvos, alvos do Nemesis e criaturas e plantas no ambiente e têm a festa feita, têm também a possibilidade de uma abordagem furtiva, com um ataque bruto, morte furtiva ou mais tarde o poder de marcarem inimigos de maneira furtiva e não só que tornam o jogo mais interessante.

No modo de arco podem depois ainda usar algo conhecido como Shadow Strike ou ainda o Kill, que vos faz transportarem-se pelo Celebrimbor para o vosso alvo desde que o tenham em mira mesmo a uma distância considerável, isto será algo que vos vai dar muito jeito, depois à emoção de hordas de Uruks e Orcs a caírem sobre vocês muitas vezes juntem-lhes ainda os Capitães e Warchiefs que podem ter resistência  a execuções ou ataques de arco, em que não lhes faz danos nenhuns, e ainda outros que têm ódio de dor por exemplo e isso quase que o faz imortais num ataque de raiva, mas podem ainda conjugar ataques ambientais ou criaturas com os seus medos, podem fazer explodir com um ataque de arco por exemplo barris explosivos, ou criar combustão através de uma fogueira e nisto muitos têm medo de pegar fogo, ou trazer um Caragor para cena, em que alguns têm medo deles, vira tudo estratégia, e saber usar estes pontos o melhor possível a vosso favor sempre. Têm ainda objetos no ambiente como ninhos de algo tipo vespas que podem fazer desertar hordas de Uruks e Orcs em que quando é atingido por uma flecha, cai no chão e se parte soltando uma colmeia inteira, ou podem atirar sobre um pedaço de carne que vai ganhar uma chama intensa e fazer aparecer Caragors que vão atacar tudo e todos, é tudo uma questão de fazerem uso do ambiente que vos rodeia, e no final ainda vão aprender a domar Caragors e mesmo Graugs com Thorin uma das personagens do jogo que vai ter impacto na vossa jornada, isto tudo é só alguns pontos do gameplay, ainda se podia falar de mais mas fica para vossa descoberta.

A nível de faixas o jogo tem umas boas a acompanhar os seus momentos e em especial as cutscenes, em termos visuais é deslumbrante, os ambientes estão bem construídos e entre si muito bem conjugados com os elementos, estruturas e criaturas do jogo, os Uruks e Orcs acabam a ter os seus toques pessoais quando viram Capitães ou Warchiefs, mas mesmo os genéricos destacam-se no seu detalhe, temos uma variedade equilibrada de inimigos para o tipo de jogo que é, e ambas as regiões tém o tamanho perfeito a meu ver para andarmos a “passear” para além das missões de plot, e random que falei, acabam também a ter uns quantos desafios para desenvolver as vossas habilidades e a “lenda” da vossa espada, arco e adaga, juntem a isto missões dos Outcast que é de salvar escravos, e têm o espetáculo feito digamos assim.

Uma variedade interessante num mundo fenomenal, uma faceta de Mordor nunca antes vista e que entrou perfeitamente no universo de Tolkien entre o conto do Hobbit e do Senhor dos Anéis, juntem o Gollum que não podia faltar, um mundo belo para ver e explorar, ainda mais desafios de caça , desafios de recolha de plantas de Mordor e têm Shadow of Mordor, um jogo relativamente vasto a meu ver e muito viciante, que agrada certamente a qualquer fã do universo de Tolkien. Não podia ainda não mencionar o Photo Mode que fica como um elemento a usar para dar ainda mais carisma às vossas capturas de ecrã, que foi usado para tirar todas as imagens as que foram usadas nesta análise. Em suma o conto de Talion e Celebrimbor está rodeado de tragédia e perda, e é bastante viciante, num mundo vasto em Mordor, vamos encontrar nova vida no universo de Tolkien naquele que fica para mim como uma derradeira experiência a completar e rejogar.

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