(De notar que esta análise faz parte da republicação de algumas análises do PSGames Power, o blog a que este sucedeu, e esta análise algo reajustada agora, é originalmente de 2017)
Patapon regressa remasterizado para o grande ecrã na PS4, este é um clássico de 2007 (2008 no ocidente) da PSP, e embora na altura o seu conceito rítmico num formato portátil fosse algo bastante interessante, e que marcou a consola ainda mais tendo tido duas sequelas, o 2 e 3, fica a questão se o estilo do jogo envelheceu bem ao fim de praticamente 10 anos, e ainda mais como se sai agora numa consola doméstica, algo que devo dizer que sempre tive curiosidade.
A plot não muda claro, em que seguimos os Patapons que estão em desespero, a precisar de orientação divina para fazer uma jornada recheada de perigos em direção a Earthend, com o objetivo de chegar a um objeto misterioso que é suposto dar aos Patapons felicidade eterna, pelo que no seu caminho vão enfrentar sob a nossa orientação como o seu deus os Zigotons, que roubaram as terras dos Patapons. A nossa orientação é feita através do desbloqueio e uso de 4 tambores de guerra pelo que depois temos de os usar para criar ritmos pré-definidos do jogo para dar comandos, como defender, atacar, andar, etc…, os perigos são vários, mas pelo bom uso dos ritmos e algumas vezes alguns milagres nossos tudo se supera, e quando têm dificuldade basta ter atenção ao rebordo do ecrã que marca o ritmo base do jogo para as nossas batidas. Também de notar que há quem esteja a ter problemas nesta questão, dizendo que há um delay na resposta dos controlos em relação à barra de ritmo, mas eu pessoalmente não tenho esse problema.
O jogo consegue entreter-nos durante bastante tempo, pelo que na nossa jornada vamos repetir certas missões algumas vezes mas com condições diferentes, como inimigos diferentes, tempo de chuva ou vento em vez de solarengo, etc…, vamos ainda partir em caçadas para recolher materiais e ka-ching, que são usados para criar mais Patapons, temos umas quantas classes de Patapons, dos quais podemos ter um número pré-definido deles, e ao combinar entre os vários materiais que podemos usar, obtemos Patapons dessa classe de uma raça diferente que os torna mais poderosos por exemplo, pelo que por experimentação podemos obter uma boa variedade de resultados, fora que em caçadas a monstros de grande porte semelhantes a dinossauros por exemplo, podemos ainda vir a obter armas e outro equipamento para personalizar os nossos Patapons, isto tudo alinhado a alguns minijogos de ritmo também, faz com que tenhamos diversão garantida e a meu ver o jogo envelheceu bem.
Visualmente continua deslumbrante e portaram-no de maneira excelente para a PS4, continua cheio de vida e espetacular no seu estilo visual e no grande ecrã doméstico ficou fantástico, embora isto o jogo em si, pois as cutscene que são vídeo mesmo, nota-se que tiveram de levar upscale, mas de resto está tudo como deve ser, as cores, cenários, os efeitos visuais do jogo, tudo isto deixam-no ainda como uma experiência bastante animada, sem falar que as músicas do jogo fora das missões continuam a ter a sua suavidade fantástica, e os nossos ritmos nas missões apesar de repetidos N vezes nunca nos aborrecem, isto devido à maneira como as situações variam, e em como nos distraímos pela positiva com as várias situações em que somos metidos.
Em conclusão para mim o jogo faz um regresso em grande e muitos perguntam-se porque não foi lançada a trilogia, mas isso é algo simples de perceber a meu ver, o jogo teve sucesso na altura em grande parte por ser algo perfeito para umas sessões rápidas, dai o seu formato portátil, sem falar que o seu género é um jogo de ritmo e que estas experiências podem muitas vezes envelhecer mal, estas duas coisas juntas criam a necessidade de analisar primeiro o lançamento deste para verificar se teve boa aderência, dai eu não me cansar de expressar que espero que este seja um relançamento em grande para que tragam o 2 e o 3 (apesar de não ser grande fã do 3).
Patapon regressou e desta vez para o formato doméstico, e com a minha curiosidade agora saciada, devo dizer que neste formato o jogo sai-se bem, e ainda mais visto que continua perfeito para umas jogatinas rápidas ou sessões prolongadas, coisa que fazia muitas vezes na PSP. Se gostam de jogos de ritmo e bem animados com algum drama à mistura esta é uma escolha certa.
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