(De notar que esta análise faz parte da republicação de algumas análises do PSGames Power, o blog a que este sucedeu, e esta análise algo reajustada agora, é originalmente de 2018)
Novas aventuras de Point n’ Click são sempre bem-vindas sem dúvida, e The Darkside Detective é bem-vindo mas não faz nada de fenomenal no género sendo que é uma jornada curta e conta com falta de elementos mais marcantes em termos de história, mas em contraste está minado de humor (ou pelo menos tenta), e a jogabilidade até se encontra interessante até certo ponto.
A ideia do jogo é levar-nos em 6 casos policiais na pele do detetive McQueen e do seu fiel companheiro, o agente Dooley, basicamente eles são a equipa de casos sobrenaturais da força policial do jogo e vão aventurar-se por situações de descobrir o que aconteceu a uma menina pequena que descobriu as atividades malignas da sua ama e ficou presa numa dimensão alternativa, vão ter de investigar um caso de porque é que veio um metro espectral parar a uma estação do metro, ajudar a manter o monstro representante do monstro do lago Ness no jogo em segredo, entre mais uns quantos casos que poderiam ser bastante mais interessantes não fosse os argumentos dos mesmos algo fracos por vezes, ou pelo menos senti que pudessem ser um pouco mais elaborados.
Até certo ponto a tentarem viver demasiado de piadas por vezes fáceis a maioria das vezes, sendo que só em algumas ocasiões as mesmas conseguem ser realmente engraçadas. O conceito é interessante de recontar meia-dúzia de casos, mas a realidade é que as histórias em si saem-se algo direcionadas talvez a crianças que mal ligam ao que se está a passar pelo menos numa primeira vista e que realmente se vão rir sempre a cada piada e situação que tente criar humor.
Em termos de jogabilidade usamos os analógicos, um deles claro, para mexer a seta que se encontra no ecrã para interagir com objetos, portas, personagens, etc…, fazer as nossas ações e vamos andar a explorar uma variedade interessante de locais como um acampamento de “escuteiros”, um cemitério, uma esquadra da policia, entre outros, que visualmente no estilo pixelizado do jogo são bastante agradáveis. Temos alguns minijogos quando calha, são escassos, mas quando aparecem acabam a ser algo até interessante e que ajuda a quebrar qualquer monotonia que pudesse surgir e agarrando neste ponto, os puzzles e buscas por objetos a utilizar para avançar nas histórias não são particularmente nada de desafiantes, apesar de alguns serem interessantes, na maioria dos casos acabam a desapontar um pouco pela falta de desafio e só por isso mesmo.
Este jogo é capaz de ser algo engraçado em vários momentos mas sente-se no fim do dia como algo direcionado mais a crianças talvez, tenta dar-nos um sentimento de estarmos numa comédia policial envolvida em sobrenatural e em alguns momentos consegue passar o sentimento em si mas rapidamente desaparece tal sensação, esforça-se demasiado em fazer piadas em vez de nos entregar talvez linhas de argumento mais consistentes e completas, na maioria dos casos até começamos a pressionar A para avançar rapidamente em certos diálogos porque a realidade é que deixamos de querer saber, só queremos é fazer os mesmos para avançar alguma coisa em particular.
O conceito de ter várias histórias em forma de casos pequenos a contar como minicrónicas das aventuras de McQueen e Dooley é interessante, mas infelizmente os fracos argumentos que querem ser mais comediantes do que histórias com bases sólidas fazem isso desabar um pouco, talvez toda a ideia seja mesmo agarrar um publico mais novo, porque não vejo adultos a conseguirem ter satisfação real a jogar isto de uma maneira continua, e por isto, sinto que poderia ter sido algo bastante melhor e mais positivo.





Enviar um comentário