(De notar que esta análise faz parte da republicação de algumas análises do PSGames Power, o blog a que este sucedeu, e esta análise algo reajustada agora, é originalmente de 2018)
Earth Wars ou Earth’s Dawn como também é conhecido é já um jogo de 2016 que contou com lançamento por outras plataformas, mas que viumais tarde um lançamento por parte do estúdio que o criou para a Switch, dai vir com o nome original e não o adotado em 2016 no Ocidente.
Em Earth Wars jogamos como parte de uma equipa especial conhecida como A.N.T.I das forças militarizadas no ano 2020, e como parte dos humanos sobreviventes à invasão da força de organismos mutantes conhecida como E.B.E., toda a história que nos vai sendo dada na forma de colecionáveis que nos vão mostrando coisas como vídeos com a visão de outros personagens ou mesmo notas sobre vários locais, as criaturas que defrontamos e não só, vão ajudar a complementar a história principal que nos vai sendo dada no jogo por cutscenes animadas num estilo manga com vozes em Japonês e legendas em Inglês, esta por si vai sendo o desenrolar de eventos atuais e sobre as operações de retaliação e retomada de território que vão ocorrer.
O jogo em si quer ser tomado como um RPG na sua essência e vai dar-nos um bom grind time, vamos repetir várias missões múltiplas vezes em busca de XP para evoluir de nível de maneira a tornarmo-nos mais fortes e resistentes, para desbloquear skills que nos vão ser necessárias para progredir cada vez mais visto que há mesmo secções nos cenários por onde passamos que tomam quase uma forma de metroidvania ligados por áreas que se sub dividem em mapas relativamente extensos e com vários níveis a poder ir a subsolo por exemplo, mas que contam com obstáculos que requerem que tenhamos um certo nível para os ultrapassar, mas também estas repetições de níveis vêm de maneira a recolher materiais dos inimigos que defrontamos sejam eles mais regulares, bosses, ou certos especiais e mais poderosos que por sua vez nos dão uma promessa de recompensas de alto nível.
A jogabilidade é relativamente simples, o que é engraçado é que seja qual for a missão, seja de exploração, salvamento, combate, etc…, vamos sempre entrar nas mesmas com 4 personagens, a nossa que podemos personalizar de maneira leve no inicio do jogo e mais 3 que são os nossos squad members, pena que quando os combates se iniciam eles desaparecem misteriosamente, mas voltando à questão vamos poder usar melee e ranged weapons, sendo que podemos desferir algumas combinações de golpes e recorrer à nossa arma de fogo como suporte, vamos saltar, dar dash, e fazer alguns movimentos ao género de um jogo de ação mas tudo num ambiente 2D, acho que talvez as animações das personagens pudessem ser algo diferente mas pronto, vamos ainda ter uma skill tree meio extensa e na qual podemos fazer algumas combinações de ligar skills umas com as outras, como por exemplo ligar uma de aumentar o nosso poder de ataque ao primeiro ataque que desferimos com a nossa arma melee, ou ao terceiro, ou ao primeiro que desferimos em direção ao ar, é algo engraçado com que se pode brincar, e convém ir acompanhando esta vertente da jogabilidade porque o jogo torna-se algo relativamente desafiante em dificuldade normal e difícil, sendo que quanto maior a dificuldade com que iniciarem as missões, melhores serão as recompensas.
Também vão poder desenvolver armadura e novas armas com os materiais que recolhem de inimigos caídos, e vão ainda poder melhorar as mesmas até para ganharem atributos como por exemplo danos secundários de fogo na vossa katana. O combate no final do dia é o ponto forte deste jogo e acabar a ser relativamente estimulante o que é bom, pois vão passar um bom bocado em grind como já é normal no género RPG. A aproximação visual em 2D side-scroller num RPG de ação também ficou bem constituída, toda a direção de arte visual de Earth Wars é fantástica de se ver, sejam os cenários em background desolados, os subterrâneos, os bosses e os modelos dos inimigos, só peca na questão da direção que foi tomada nas animações de movimento e em combate, quer dizer pelo menos para mim, esperava algo talvez animado com movimentos que parecessem mais regulares como um Metal Slug (apesar de serem géneros diferentes claro), mas ao contrário disso, toda a direção de arte parece querer tomar um estilo final de como se tivéssemos a jogar com modelos de papel em 2D, isto no fim da-lhe um charme próprio mas não vai agradar a toda a gente com certeza, e nas animações em particular que é onde já não gostei tanto de ver.
O que posso dizer é que recomendo bastante se gostam do género, pelo que se gostam já sabem vos espera um bom grind para farming de XP e não só e não se irão importar claro, a história acaba a ser engraçada, as missões desafiantes, a maneira de funcionamento da skill tree poderá ser algo confusa ao inicio mas para isso é que temos tutoriais e com experimentação tudo se aprende por isso não se deixem intimidar, e o combate neste jogo é o seu grande ponto forte, um título que recomendo bastante na Switch mesmo que tenham em outra plataforma, a portabilidade dá-lhe outro toque e as missões por norma nem são demoradas e são ideais para pequenas pausas até.
É um jogo que andava de olho na PS4, mas que acabo a ficar mais rendido na Switch, temos aqui um RPG de ação num formato 2D fenomenal, algo um pouco próprio que não será para toda a gente mas quem gostar dele vai adorar a sua jornada, e merece no fim uma nota 8/10.





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