(De notar que esta análise faz parte da republicação de algumas análises do PSGames Power, o blog a que este sucedeu, e esta análise algo reajustada agora, é originalmente de 2017)
Dreambreak é uma experiência futurística vinda da Aist e que chega à PS4 publicada pela Digeratti. Nela encontramos um jogo com sentimento nostálgico na sua aparência, ost e jogabilidade, que lembram jogos como Another World ou Flashback.
Neste jogo estamos no papel de Eugene, um trabalhador num bar na função de responsável pela manutenção numa União Soviética (US) do futuro, com carros voadores, robôs e não só, mas Eugene é mais do que aparenta e num dia em que ele recebe uma mensagem para se encontrar com alguém fora do bar, ficamos a saber que ele é na realidade um infiltrado da CIA nesta US repleta de ditadura e ilusões contadas à população. Eugene sai do bar para encontrar o seu contacto morto, ao vasculhar o seu corpo, descobre o cartão do quarto onde o mesmo habitava e é aqui que a nossa jornada em direção a uma breve aventura por entre a rebelião e ditadura que se pode encontrar nesta União Soviética começa. Vamos defrontar forças policiais, infiltrar instalações militares, passar por bares noturnos, entrar em contacto com a rebelião que nos faz uma proposta irrecusável e descobrir a verdade por detrás do governo desta nação.
O jogo é curto mas conta com uma boa dose de jogabilidade nostálgica, sentia-me como se estivesse a jogar Another World pela semelhança dos controlos e comandos, podemos andar, correr, trepar, saltar e de uma maneira interessante interagir com objetos no ambiente mas que se apresentem com algum tom de laranja, que se mistura com os cenários, em vez de ser algo do género de um contorno, foi uma particularidade visual que gostei bastante e quis salientar, depois pelo meio temos alguns minijogos bem introduzidos na aventura que acabam a integrar alguns momentos de shooter horizontal e vertical no jogo, fora um ou outro puzzle que acabam a dar mais interesse ao jogo, e desafio está claro. Também o combate é fácil, entramos num modo de tiro em que só temos de dar bom timing entre atirar e usar o nosso escudo, acaba a ser simples, mas um deslize e pode significar o nosso fim.
Visualmente o seu estilo é deslumbrante e invoca lá está nostalgia, cenários bem compostos e com uma direção artística bastante interessante e a maneira como nos providência os vários tipos de ambiente é muito bom, e apesar de ser por breves momentos, acabamos a ter um cenário que nos apresenta uma tempestade de areia, que será um pormenor que não era necessário mas que enriquece o jogo em si. A OST acompanha bastante bem toda a experiência e momentos em geral com aquele retro feel. Nota-se que houve dedicação e gosto na produção deste título.
Dreambreak é uma experiência curta mas satisfatória, com uma plot envolvente e bem construída em torno de uma visão futurística interessante. Recomendo a todos os que procuram algo envolvente, bem feito, e com estilo retro tanto em visual como jogabilidade com base em alguns dos melhores clássicos como Another World, é uma experiência interessante e rápida, com uma plot numa União Soviética futurística, conspirações e um sentimento retro único invocado de alguns dos melhores clássicos do género.




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