Análise - Uncanny Valley

(De notar que esta análise faz parte da republicação de algumas análises do PSGames Power, o blog a que este sucedeu, e esta análise algo reajustada agora, é originalmente de 2017)

Uncanny Valley, um jogo de horror/terror que nos leva numa jornada cheia de mistério numa zona florestal na pela de Tom, um homem que procura escapar a algo que o persegue sem dó nem piadade.

Em Uncanny Valley somos Tom, um homem que procura começar uma nova fase da sua vida a trabalhar como segurança noturno nas instalações abandonadas da empresa Melior. Tudo parece normal quando chega à estação de comboios e é recebido por Buck, o outro segurança dos escritórios da empresa, que rapidamente mete Tom ao corrente do que será o trabalho, mostrando-lhe ainda as instalações e como funciona as funções no seu turno, logo após este momento vamos para a zona dos apartamentos para empregados da empresa, abandonados sabe-se lá há quanto tempo, agora são a casa de Buck, Tom e Eve, a contina dos mesmos, ou pelo menos é assim que ela se apresenta a Tom ao entrarmos na zona de receção dos apartamentos, em que após uma breve conversa com ela tudo parece normal mas fica sempre uma sensação de algo mais no ar. Até aqui tudo corre dentro da normalidade mas a verdade é que nem tudo é o que parece, Tom é um homem a ser perseguido por algo que eventualmente não pode escapar e as instalações remotas da Melior escondem mais do que parece, e albergam mais do que velhos computadores e escritórios antigos, e como se isto não chegasse Tom sofre de pesadelos intensos que vão revelar muito sobre a sua escapatória para este local.

A jogabilidade é simples, temos um sistema de inventário para guardar itens que arranjamos pelo jogo, sendo que ao abrir o mesmo podemos pegar e arrastar algum deles para interagir com objetos no cenário, por exemplo usar um extintor para arrombar uma porta, temos ainda um menu secundário aqui que serva para usar algum item de recuperação caso Tom se magoe. Tirando isto podemos ainda usar uma lanterna para iluminar a escuridão da noite no exterior ou para ver melhor em locais mal iluminados nas instalações, mais tarde podemos ainda usar uma arma de fogo ou isto é, caso a encontremos. O jogo leva-nos ainda, se quisermos, a viver a experiência de guarda noturno em que podemos controlar os nossos turnos ao ver quanto tempo falta para o mesmo acabar usando o analógico direito e fazer rondas pelo edifício da empresa, e no fim do turno regressar ao nosso apartamento para descansar, e claro acordar no dia seguinte para ir render o Buck, no meio disto tudo temos ainda alguns puzzles que podemos chegar a resolver, puzzles esses que nos vão ajudar a descobrir, se quisermos, mais sobre o que se passava naquele edifício da empresa, ao ligarmos os computadores dos escritórios para ler emails que eram enviados e ao ouvir cassetes de áudio que encontramos e a ver algumas vhs, vamos compreender tudo o que aconteceu de horrífico naquela empresa.

Claro que podemos ignorar tudo isto, mas se o fizermos pouco ou nada vamos entender do final que obtemos, ou melhor ainda, de um dos finais, sim, que o jogo tem 3 finais possíveis e em que um deles tem ainda mais duas variações e aqui serão as nossas escolhas que vão ditar como os obtemos, sem falar que as mesmas acabam a afetar o desenrolar do jogo a um nível superficial, como a maneira com que o Buck interage connosco, ou direto como por exemplo se nos magoarmos na perna deixamos de poder correr, isto num confronto futuro ou no peito vamos andar a lançar gemidos de dor que não combinam com as nossas tentativas de nos esconder, podemos sempre recuperar com ligaduras mas não existem muitas.

A nível visual Uncanny Valley tem uma arte pixelizada 2D que ficou realmente fantástica, é bastante agradável andar no jogo e ter os cenários e fundos que temos, tudo bem estruturado, e a passar também o ambiente sombrio que aliado com as faixas escolhidas para o jogo criam o ambiente e atmosfera de horror que seria de esperar dele, no fim do dia este jogo parece uma fusão do melhor que se encontra em Lone Survivor e Home – A Unique Horror Aventure. Recomendo a quem procura uma experiência única de horror/terror, este é um jogo que tem bastante conteúdo para uma experiência que acaba por ser curta, mas que vem carregada com uma história fenomenal com mais do aparenta à primeira vista nas profundezas de um edifício desolado, onde se procurava avançar a humanidade para um nível seguinte.

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