Análise - Dead Rising 2

(De notar que esta análise faz parte da republicação de algumas análises do PSGames Power, o blog a que este sucedeu, e esta análise algo reajustada agora, é originalmente de 2016)

Dead Rising 2, o que dizer desta aventura?

Ora bem, vou começar com aquilo que vou abordar de uma maneira mais simples, a história, pois apesar de estar bastante interessante e cheia de plot twists inesperados (até certo ponto), e sem contar que temos uns quantos finais alternativos, o foco acaba por ser a jogabilidade que com as suas particularidades e maluqueira acaba por ser o grande foco está claro.

A história está recheada com uma variedade de quests secundárias (, que irei abordar depois,) e de psicopatas que têm sempre um pouco de argumentos a mostrar o ponto fulcral da sua loucura, mas claro, que no fim do dia interessa é a aventura principal na qual somos Chuck Greene, um ex-campeão de Motocross que é pai solteiro (agora), pois no mundo de Dead Rising os zombies são algo que até é regular e existe mesmo uma cura temporária que tem de ser dada a quem está infetado por ter sido mordido, numa base diária, com uma vacina do medicamento conhecido como Zombrex, e, num outbreak que ocorreu em Las Vegas Chuck perdeu a sua mulher, e a sua filha, Katey, foi infetada, pelo que Chuck para fazer dinheiro para poder continuar a providenciar de maneira estável a cura à sua filha inscreve-se no concurso Terror is Reality (TiR) em Fortune City, que é um concurso que mete os concorrentes em competição por pontos a matar zombies e Chuck sendo profissional de motocross, entra na variante de motas personalizadas com moto serras e até aqui tudo corre bem e Chuck sai o grande vencedor, o problema vem depois quando se dá um outbreak em Fortune City. De um momento para o outro é o caos total, a cidade é isolada do resto do mundo e Chuck tem de correr para apanhar a sua filha e ir para o bunker onde os poucos sobreviventes que seguiram um segurança conhecido como Sulivan se enfiaram, juntamente com uma jovem chamada Stacey que pertence a um grupo que luta para proteger os direitos dos zombies e contra o espetáculo TiR. Mais tarde num desenrolar de eventos Chuck aparece como o principal suspeito causador da libertação dos zombies que levou ao outbreak na cidade e torna-se uma corrida contra ao tempo para provar a sua inocência.

A partir daqui é a loucura total e temos de sobreviver em Fortune City, procurar pelos responsáveis de maneira a limpar o nosso nome e nunca esquecer que às 7 da manhã de cada dia temos de ter Zombrex para dar a Katey, tudo isto a contar que temos 72h a aguentar até os militares entrarem na cidade para a limpar e salvar os sobreviventes, ou seja, 3 dias de loucura.

Parece tudo um grande stress certo?

Bem, errado, quer dizer, podia ser mas depois temos a parte engraçada disto tudo, a loucura que é as armas de combo, a personalização do Chuck que até podemos andar de boxers a matar zombies e o humor que o mundo de Dead Rising nos acaba a dar, até mesmo através dos psicopatas que estão nele que são sobreviventes que ficaram loucos, ou simplesmente se revelaram no meio do caos e com os quais temos de lidar, até esses acabam por emanar na sua loucura um lado cómico e depois a banda sonora escolhida para o jogo é fenomenal, em que dá outro espirito até a estes combates. Depois com isto temos os sobreviventes, malta que ficou presa em Fortune City a tentar sobreviver ou que até nem se aperceberam do acontecimento, ou ficaram a fazer alguma atividade maluca por obsessão como a jogar nas slot machines e que nos cabe a nós ir até eles para os ajudar e trazer para o bunker, a questão passa que muitas vezes temos de os ajudar a terminar o que estão a fazer, se não, nem vêm connosco.

É uma loucura no fim do dia e vamos estar sempre entretidos e depois temos a bela Fortune City que mais parece uma Las Vegas pois é tanto casino, lojas, zonas de atração, que vamo-nos perder completamente pela cidade, há suficiente para nos manter entretidos apesar de não ser um mapa assim tão extenso quanto isso, mas até temos um sistema de túneis subterrâneos  e há zonas de ficar fascinados, por isso andar pela mesma é agradável e claro todas as missões secundárias acabam a ter um tempo limite para serem feitas tal como as da história principal, aliás só são desencadeadas em certas alturas, em que se inclui o dia e hora e outras só se passarmos por uma determinada zona numa determinada altura, e por vezes mesmo só se já tivermos feito uma certa missão anterior que a desencadeei.

Com isto tudo ainda há a diversão de matar zombies, podemos usar tanta coisa que acaba por ser brincadeira de crianças, literalmente, afinal de contas até lhes podemos espetar um fogo de artificio na cabeça, mascaras para os tornar mais cómicos, largar berlindes no chão, atirar com peluches gigantes de ursos para cima, tanta coisa que a verdadeira dúvida vai ser o que fazer primeiro, em que podemos acabar com eles usando várias coisas do mundo e do cenário, armas de fogo, armas de melee como tacos de baseball ou até mesmo caixotes do lixo, temos ainda a parte de poder fazer armas de combo quando usamos as mesas de trabalho manual nas salas de manutenção que estão espalhadas pelo jogo, podemos combinar um taco de baseball com pregos, um urso de peluche gigante com uma light machine gun, extintores com dinamite, luvas de boxe com lâminas, como já disse e repeti e voltei a dizer, tanta coisa, que dá mesmo para fazer uma lista extensa.

Também podemos tentar descobrir as combinações, ou esperar ao ir evoluindo de nível e salvando sobreviventes, pois em certas vezes destes acontecimentos recebemos combo cards, as cartas que nos mostram uma arma de combo e como a fazer. Depois a esta loucura podemos ainda usar veículos, alguns estão espalhados pelo mundo do jogo nos quais se incluem triciclos de menina, mas em que a parte engraçada não é usá-lo mas sim ver o triciclo a atropelar aqueles zombies todos. Nisto também há veículos em que temos de descobrir as chaves dos mesmos e são veículos que estão em exposição em algum local do mundo, como por exemplo dentro de um dos Centros Comerciais temos um carro desportivo e para o conduzir precisamos da sua chave, que pode ser encontrada numa das lojas de penhores do jogo que são controlados por looters do jogo, a mesma custa 500 Mil Dólares e além disto nestas lojas podemos ter acesso a certos itens rapidamente….por um preço.

Falando de tudo isto de possibilidades de combate vale a pena falar de como recuperar a vida de Chuck, ora bem o seu HP vai melhorando à medida que evoluímos de nível e até mesmo o seu inventário para carregar items, pois ao inicio temos poucos slots de coisas que podemos carregar e o mesmo vai ganhando slots com a evolução de nível de Chuck que é feita com PP, que se ganha ao fazer missões, salvando sobreviventes e matando zombies, mas voltando ao tópico, temos de encontrar comida, bebidas como sumo, ou bebidas alcoólicas, bebidas essas que podem ser combinadas ainda em misturadoras para criar bebidas mais poderosas e que nos dão algum bónus de tempo limitado, claro que no caso de bebidas alcoólicas se o Chuck ingerir muitas vai ficar mal disposto e começar a vomitar por isso apesar de algumas recuperarem muita vida há depois este fator a ter em conta. Depois termos a questão da jogabilidade que embora seja frustrante em momentos por falta de hábito para ser sincero, pois Dead Rising é daqueles jogos que tem uma jogabilidade particular que apesar de parecer datada, vista de uma certa perspetiva encaixa bem na experiência que nos querem passar, ela tem coisas que nos fazem ficar em um estado de meio fascinado visto de um certo ponto desnecessário e de outro engraçado e a certo ponto interessante em como nos faz adaptar em certas situações, como por exemplo as animações do Chuck a consumir comida ou bebida, que tem os sons todos e ele a fazer a ação, ficou engraçado, mas depois temos coisas como por exemplo se tivermos a saltar no ar e formos atacados por um zombie com sucesso, caímos imediatamente no chão de pés assentes e o Chuck faz uma animação de ter sido magoado, é algo que acaba por quebrar a fluídez, pôr-nos numa situação delicada e acaba a ser frustrante, mas por um lado obriga-nos a perceber melhor o jogo, o comportamento dos inimigos, e a “saber jogar” o mesmo por assim dizer.

Em suma há muito para se fazer em Dead Rising 2 até temos minijogos como golf e uma cabine de dinheiro, em que há ventoinhas a fazer notas voar e temos de apanhar tudo o que podermos rapidamente, tudo coisas para nos fazer delirar nesta experiência e devo dizer que é uma aventura dramática bem passada, cheia de twists pela sua história fora, recheado de conteúdo para nos entreter, loucura, e um pai carinhoso capaz de tudo pela sua filha…até mesmo domar um tigre para lhe oferece.

Recomendo vivamente a fãs de jogos survival,  shooters, hack n’ slash e claro, ação e aventura a raspar um pouco elementos leves RPG, sem falar ainda da questão de isto fugir às habituais experiências de zombies em que aqui ridiculariza a situação e nos dá diversão à conta dos monstros sem miolos, sem contar com um detalhe que adorei que é que as cutscenes para além de estarem excelentes, fazem uso dos ambiente em tempo real do jogo adicionando só o que está em falta, portanto se tiverem o Chuck de saia, bem, ele vai aparecer de saia nas cutscenes, coisa que acho que é um toque espetacular, depois a juntar a tudo isto podem juntar-se com amigo para co-op, ou seja, loucura a dobrar. Só achei uma pena o Case Zero e Case West não terem saído também na PS3.

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