Análise - Early Access - Aethermancer

Se alguma vez jogaram Monster Sanctuary e se gostam de RPG’s com monster taming bem Aethermancer é algo a manterem debaixo de olho, eu tive acesso à versão 0.3.1.1 de Early Access e fica aqui uma análise ao trabalho até ao momento aqui feito, que vem da moi rai games que foi o estúdio indie que produziu o jogo Monster Sanctuary.

A Premissa:

No jogo jogam como Siriux, um membro da raça digamos assim de Aethermancers, que são em si seres capazes de domesticar os monstros que caminham pelo mundo do jogo de maneira a torna-los aliados para a sua jornada, jornada essa em busca de certa maneira explorar os mistérios possíveis do Void do jogo que é uma peça central segundo se percebe da criação e fim de tudo o que é ou foi, sendo que uma das mazelas no mundo e dos monstros é não terem um fecho de ciclo e Siriux pode criar ligações com eles de maneira a poder libertá-los finalmente do seu ciclo infinito existêncial, além disto uma grande massa de Void apareceu de maneira misteriosa e torna-se um mistério a perceber e segundo se sabe está a crescer além do seu ponto de origem pondo em perigo o mundo.

Captura feita por Gaming Power PT

Na sua jornada ele ou melhor dizendo nós, vamos descobrir personagens novos que vão funcionar como meios de obtermos mais equipamento, items especiais e não só, que podemos depois inclusive chegar a encontrar no hub do jogo que acedemos a cada vez que temos de recomeçar a nossa jornada quase do 0. Sim, porque quando todos os vossos aliados caem em combate não é fim do jogo, nem voltam a um save anterior, mas são sim redirecionados ao local que serve como hub, a pequena aldeia de Pilgrim’s Rest, onde vão poder falar com alguns npc’s que encontram pelo mundo do jogo, outro que só se encontra aqui, como Gustavo a capibara que funciona como presidente do local, e que funciona como comerciante de alguns boosts para cada inicio de jornada como o começarem com 10 moedas de ouro, ou as refeições que aumentam a vida dos vossos montros aumentarem ainda mais, mas também podem adquirir outras coisas como com a Witch podem adquirir selos de alma, em que dos monstros que obterem mementos deles podem liga-los a vocês, para assim os poderem escolher como monstro inicial da vossa equipa, mostrando isto de certa maneira o elemento roguelike desta jornada.

Captura feita por Gaming Power PT

Fora isto podem de momento percorrer pelo menos 3 Biomas, sendo que acabam a ter no final de cada um um monstro do tipo campeão para derrotar e do qual podem capturar o seu memento para usar e iniciar uma jornada com ele como o vosso monstro inicial, estes Champions quando defrontados têm mais HP, conseguem fazer uma boa dose de danos e ainda têm direito a mais que uma acção em cada turno, por isso eles despertam realmente a necessidade de batalhar e evoluir a nossa equipa, escolhendo também com alguma prudência as habilidades ativas e passivas que atribuímos aos nossos monstros, mas desbloqueando aqui uma outra questão que irei abordar na secção seguinte.

O Que Acontece se Carregarem no “WASD”:

A jogabilidade em si é simples, controlam Siriux no mundo do jogo com a combinação conhecida de WASD para movimento, podem ainda usar o Shift esquerdo para fazer uma esquiva rápida e fantasmagória na direcção que estão a ir, ela irá servir para atravessarem o espaço entre penhascos por exemplo, podem interagir usando o F, para se transportarem para cristais que estão em locais elevados por exemplo, falar com NPC’s, activar locais e pouco mais do que isto, o resto é resumido em combate, sendo que no mapa veem os inimigos, podem fazer uma contra acção ou uma acção de surpresa, sendo a contra-acção é para quando são vocês apanhados de surpresa, que vai ajudar a quebrar o poise dos montros inimigos, sendo que precisam de pôr fim a isto para poderem deixar os mesmos atordoados sem agir no turno em que estiverem e mesmo para poderem capturar os seus mementos, também de notar que este poise por norma está aliado a um dos elementos do jogo como Fogo, Terra, e afins em que só ataques daquele elemento o baixam, ou em alguns casos como os Champions não há elemento, mas será possível baixar até 0 o mesmo com ataques feitos pela nossa equipa sem necessidade particular de algum elemento.

Captura feita por Gaming Power PT

Além disto os combates seguem como alguns JRPG’s clássicos seriam mas modernizados pelas animações dos personagens de certa maneira, sente-se os combates muito fluídos, desafiantes e acreditem que vão precisar de evoluir os vossos monstros, de combater e aprender o que realmente cada habilidade faz pelo menos por alto em especial em termos passivos, porque cada habilidade passiva que gera escudo ou regenera vida a aliados é vital para o vosso sucesso, o facto de Ooze que é uma espécie de slime tóxica, poder no fim de cada turno se estiver vivo conseguir fazer um ataque de envenenamento no inicio do turno novo é vital por vezes na vossa vitória se o tiverem na vossa equipa, sendo que esta necessidade de evoluir os vossos montros de nível é algo complicado pois nem sempre vão ter encontros mais regulares de combate. Em biomas além do inicial pode tornar-se mais comum mas por vezes quase não aparece nenhum e tendo em conta a dificuldade crescente do jogo entre biomas de monstros, pode tornar-se uma experiência frustrante na sensação de não ser por falta de vontade nossa em evoluir mas sim falta de oportunidade para tal, ainda de notar nisto que ataques além do básico requerem que tenham orbs de elementos para os poderem fazer, sendo que obtém orbs no fim de cada turno em que precisam de ter alguma táctica a acumular os mesmos por vezes pois pode ser a diferença entre terem uma habilidade mais poderosa à vossa disposição ou não.

Captura feita por Gaming Power PT

Além disto tudo vão ter npc’s comerciantes capazes de vos vender ou dar equipamento em troca de algo, que podem equipar como amuleto digamos nos vossos monstros para dar buffs como mais percentagem de dano crítico imaginem, outros que vos vendem mementos em branco que necessitam para gerar novos de monstros que encontram, e ainda outras coisas como acções novas para o combate, pois Siriux pode usar poções de cura e não só. No fim isto são só alguns elementos base da jogabilidade em si, pois têm mais variantes que vão tornar o combate que pela sua apresentação pode parecer simples, em algo realmente desafiante e vai levar-vos realmente a tal como eu, não quererem sair do jogo e terem vontade de ver até onde conseguem ir e a querer compreender cada vez melhor o jogo e mesmo a usar mais monstros pois quando querem trocar para outro têm de ceder um dos actuais da vossa equipa, em troca do que querem usar agora, ou seja o jogo conseguiu realmente agarrar-me na sua jogabilidade, mais do que a história meio que não existente mas que é suposto ser mais relevante, pelo menos a meu ver, mas na jogabilidade e nos combates consegue agarrar sem dúvida.

O Visual Também tem Impacto:

Abordando a parte visual o estilo pixelizado do jogo em 2D sente-se realmente como um melhoramento substâncial do que foi visto em Monster Sanctuary, dando até um aspecto por vezes bastante agradável ao nível de coisas como Death’s Gambit imaginem mas num estilo top-down view na exploração e menos grotesco em alguns elementos, pois apesar de tudo o que rodeia este jogo ele acaba a ter um certo toque do que se iria encontrar em JRPG’s mais clássicos mas de certa maneira modernizado sem dúvida, e isto sente-se até no visual durante o combate, além disto temos elementos dos cenários bastante agradáveis, seja em floresta, seja em algo mais remetente a interior de castelo/fortaleza, há uma certa sensação nostálgica que me vem de coisas como Pokémon, Final Fantasy, Dragon Quest mas também por vezes de Castlevania por exemplo, talvez pelo aspecto de certos cenários, da combinação de elementos em algumas áreas ou mesmo do aspecto de alguns monstros talvez, não sei mas é mais uma sensação do que realmente comparação direta pois o jogo tem o seu próprio charme visual sem dúvida, acompanhado ainda da sua OST que para mim faz um trabalho de ambiente secundário, necessário, que dá um bom toque à nossa jornada mas que para mim acaba a ser abafada digamos pelo foco na jogabilidade e nos combates em si.

Captura feita por Gaming Power PT

A Minha Conclusão Sobre o Que Não Está Finalizado:

Concluindo toda a minha opinião sumarizada acaba a pender para isto é um jogo que vai valer bastante a pena, particularmente se forem fans de RPG’s com monster taming pois vão de certeza gostar do que este jogo vai ter para vos oferecer a meu ver, penso que ainda têm algum percurso a percorrer, por exemplo acredito que cada bioma dentro das suas áreas poderia estar mais complexo de momento não sendo áreas tão pequenas como mencionei, mas tirando isso por exemplo os combates dão-nos uma perspectiva de JRPG’s clássicos bastante apelativa, ainda mais porque têm o seu toque modernizado e animado e acima disto quebra bastante a sensação de monster taming ser algo para um público que procura algum facilitismo, tal como Digimon consegue quebrar essa perspectiva por exemplo ou como os Dragon Quest que se focaram em captura de monstros conseguem fazê-lo.

Captura feita por Gaming Power PT

Digo isto porque como Pokémon é franquia mais popularizada neste sub-género, acaba-se a perder um pouco a noção de que podem ser desafios reais, pois é um sub-género de RPG/JRPG que pode ir além do que aquilo que podemos ver em Pokémon, e atenção porque os clássicos e mesmo algumas entradas recentes como o Legends Arceus são fantásticas a meu ver mas nem sempre elevam a fasquia, por exemplo o Sword/Shield foram demasiado simplistas e fáceis de se pegar e jogar. Também sinto que a história pode vir a ter mais impacto, sente-se como algo bastante leve ou sem uma noção de sentido real, se calhar não é abordada o suficiente ou não tem ainda impacto suficiente que faça o jogador querer saber, realisticamente o foco vai mais para o leve elemento roguelite do jogo nos cenários e o seu real impacto que já não é tão leve mas sim solificado elemento de roguelite em que iniciam uma nova jornada cada vez que a vossa equipa é dizimada e podem adquirir buffs e mesmo recomeçar com uma nova direcção de equipa começando no monstro inicial que escolhem.

Captura feita por Gaming Power PT

Resumindo Aethermancer dá uma sensação de fantástico que ainda está a ser polido e finalizado, o estar em Early Access ajuda a criar água na boca sem dúvida, faz-me acreditar que ainda tem muito para dar e mal posso esperar por ir acompanhando updates e ver o que a versão final terá para oferecer, por fim é de mencionar que têm uma demo disponível de momento para vos dar um gostinho do que está disponível em Early Access e do que virá ai no futuro.

Esta análise foi feita com uma chave gentilmente cedida pela Future Friends Games.

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